Privacidade nos Sapatos? Como as tecnologias RFID e NFC nos rastreiam.

Olá, sou Chris.

Estou aqui para ajudá-lo em cada passo da sua jornada PRVCY.

Publicamos novidades e informações, baseadas em nossas pesquisas, para ajudá-lo a retomar o controle sobre sua PRVCY!

Estamos cientes de que cada etiqueta em nossos produtos é rastreável?
O que significa o uso generalizado dessa tecnologia para a nossa PRIVACIDADE?

Vamos examinar mais de perto o que exatamente são essas tecnologias RFID e NFC e como elas são usadas.

Como funciona a tecnologia RFID?

RFID é a sigla para Radio Frequency Identification.

É um método de identificação e rastreamento de objetos por meio de ondas de rádio. Para este propósito, um pequeno transponder (etiqueta ou tag) e um leitor são usados. A etiqueta ou tag RFID funciona como um transponder e é anexada ao item que se deseja rastrear.

Essas etiquetas ou tags estão presentes em itens que compramos no dia a dia. De roupas a xampu. Os leitores são estrategicamente posicionados para ler as etiquetas nos locais apropriados e processar as informações contidas nelas. Isso faz com que o alarme na loja seja ativado quando levamos um item próximo às portas de saída de uma loja, ou seja desativado quando o compramos.

Essas etiquetas geralmente não são maiores que um grão de arroz. Tecnologicamente, é até possível fabricá-las com apenas 0,02286 milímetros, de modo que possamos ter um pó RFID.

Normalmente, os chips ou tags menores são apenas graváveis uma vez, consistindo de um circuito analógico para transmissão e um circuito digital para armazenamento de informações, operam passivamente e podem alcançar apenas uma distância de alguns metros. No entanto, existem etiquetas maiores que são regraváveis, possuem sua própria fonte de energia e têm um alcance de alguns quilômetros.

A evolução dessa tecnologia é a NFC (Comunicação de Campo Próximo), que permite que dois dispositivos – por exemplo, seu telefone e um terminal de pagamento – se comuniquem quando estão próximos, possibilitando pagamentos sem contato.

Como as etiquetas RFID já estão sendo usadas e aplicadas em nosso dia a dia?

A primeira e ainda maior área de aplicação da tecnologia RFID é o rastreamento de mercadorias. Todas as peças individuais produzidas e enviadas podem ser rastreadas em cada etapa de seu trajeto até o usuário e até mesmo além.

Para a logística em qualquer empresa de produção ou transporte, isso representa uma enorme simplificação no rastreamento de mercadorias. Na fábrica, ao sair e, claro, em cada porto, em cada contêiner que entra em um navio, avião ou outro meio de transporte, até chegar finalmente à loja ou supermercado e nós, os clientes, levá-lo para casa.

Em cada ponto desta cadeia de transporte, as etiquetas RFID passam por leitores, e todas as informações para identificação e localização das mercadorias são transmitidas. Isso não é apenas uma excelente maneira de rastrear itens, mas também para prevenir roubos.

O que funciona para mercadorias também pode ser aplicado a animais e humanos

Estamos acostumados a chipar nossos animais de estimação para que possamos sempre encontrá-los se um dia eles desaparecem.

Na Alemanha, desde 1º de novembro de 2010, todos os passaportes são equipados com um chip RFID de 13,56 Mhz, que contém todos os dados pessoais e biométricos de seu portador, incluindo duas impressões digitais.

Em qualquer aeroporto em que estivermos, os dados em nossos passaportes são lidos e processados, sendo que, em alguns casos, a leitura pode ocorrer até mesmo de uma distância muito grande.
Mais um passo para o cidadão completamente transparente.

RFID e NFC são tecnologias simples e baratas para nos rastrear

Há alguns anos, alguns clubes elegantes ofereciam aos seus convidados a possibilidade de lhes implantar chips RFID sob a pele para acelerar a entrada e os procedimentos de pagamento.

Os supermercados sem caixas estão aí. Os produtos são escaneados ao sair da loja e você paga sem contato, e no futuro a fatura será automaticamente debitada de nossa conta bancária, apenas com o passaporte digital.

Imaginemos que cada peça de nossa roupa, nossos sapatos, nosso crédito ou até mesmo nosso carro possa ser rastreado por seu fabricante ou vendedor. Poder-se-ia pensar que isso é uma ideia maluca ou até mesmo uma teoria da conspiração.

A verdade é que seu telefone já está equipado com a tecnologia NFC para pagamentos, que se comunica constantemente com outros dispositivos e rastreia sua localização e consumo. Especialmente se você paga diretamente com Apple ou Google Pay.

A Michelin, por exemplo, quer equipar todos os seus pneus com chips RFID a partir de 2023. Na verdade, eles já utilizam essa tecnologia desde 2019. Pneus de caminhões já estão equipados com tags há alguns anos. Claro, as empresas justificam seu interesse no uso dessa tecnologia devido a um melhor monitoramento dos ciclos de vida de seus produtos e seu uso.

Outro argumento é, como sempre, nossa própria segurança. Esses chips RFID podem medir a pressão do ar nos pneus e enviá-la para o computador de bordo, para que possamos ser avisados sobre problemas de segurança como motoristas. Ele poderia até nos dizer quando devemos comprar novos pneus.

Mas claro, essa tecnologia também pode ser usada para reconhecer os hábitos das pessoas e vender essas informações para outras empresas que gostam de analisar nossos padrões de comportamento e até saber como manipulá-los.

Então, essa tecnologia RFID é realmente uma ameaça para nossa PRVCY?

Para resumir brevemente a tecnologia RFID, podemos mencionar os grandes benefícios para a indústria que advêm do uso dessas formas simples e rápidas de rastrear seus produtos.

Mas já vemos uma ameaça ainda maior à nossa PRVCY, quando cada item que usamos pode ser identificado, rastreado e até associado a nós.

Todo dispositivo RFID e NFC contém um ID único e exclusivo. Se esse número for vinculado ao nosso passaporte digital, à nossa conta bancária ou ao nosso celular, é fácil registrar nossos hábitos de consumo, interesses e situação financeira.

Podemos até ser localizados a qualquer momento, se nossos sapatos contiverem um transmissor RFID conectado aos servidores de um fabricante de calçados, ou nosso cartão de crédito enviar sinais NFC para um banco de dados.

Loucura, não é?

#PRVCYDicas
O que podemos fazer para proteger nossa PRVCY de rastreamento por RFID?

Como sempre, entrar em pânico não é um bom conselho e também não precisamos jogar fora nossos sapatos, passaportes e outros documentos de identidade.

1

Aprender & Entender

O primeiro passo é saber exatamente como uma tecnologia funciona e identificar os riscos de segurança associados, para que possamos evitar esses ataques à nossa PRVCY.

2

Bloqueadores

Com bloqueadores, podemos neutralizar os sinais fracos e passivos de nossos passaportes e outros cartões ou chips RFID. Já existem carteiras ou bloqueadores do tamanho de um cartão no mercado por pouco dinheiro.

3

Conscientização

Da próxima vez que formos fazer compras, certamente prestaremos mais atenção às etiquetas naquele belo novo vestido ou nos tênis legais que levamos para casa. Não devemos apenas removê-los, mas também destruí-los. Muitas vezes eles têm uma pequena antena em forma de espiral, basta cortar, e pronto!

4

Comprar localmente & Reutilizar

Podemos nos tornar mais independentes das grandes corporações internacionais no nosso abastecimento diário, comprando mais produtos regionais ou reciclando materiais antigos. Isso é mais saudável e muito mais divertido, mas também ajuda a desenvolver nossas regiões e redes sociais, sem cair em vigilância e rastreamento.

5

Seja criativo

Técnicos interessados ou avançados também podem construir os bloqueadores que mencionamos no ponto 2 com meios simples.

6

Agrupados

Os leitores de RFID têm grandes dificuldades em ler essas etiquetas RFID quando estão agrupadas. Se, por exemplo, colocarmos algumas centenas de etiquetas em um antigo estojo de MP3 player, isso pode confundir os leitores para que eles não funcionem corretamente.

Para membros PRVCY

Uma das vantagens do nosso telefone PRVCY é a capacidade de controlar sensores e as mensagens que enviamos. Com esses simples passos, podemos garantir que nosso dispositivo não será acionado nem entrará em comunicação com os leitores:

Vá para:
1. Configurações
2. Dispositivos conectados
3. Configurações de conexão
4. NFC DESLIGADO

Para concluir, gostaria de mencionar um exemplo de empresas que decidiram não usar a tecnologia RFID. O Grupo Benetton, por exemplo, declarou em abril de 2003 que, após uma fase de testes e análise da tecnologia RFID para seus produtos, concluiu que ela não traz vantagens para sua organização de produção ou comercialização.

Esperamos que isso continue assim e que mais empresas sigam esse caminho!

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